domingo, 12 de janeiro de 2014

Tenho uma hipótese!

Esta piada só percebe quem tem de ver o canal panda de manhã à noite...
Nos últimos tempos tenho andado a fazer alguns treinos em trilhos. Foi o UTSS, vários treinos em Monsanto à hora do Esquilo e ultimamente até o Passeio Marítimo parece um percurso de trail! Pela primeira vez este mês tenho mais km feitos em trilhos do que em estrada.

Estes treinos em Monsanto têm sido um abrir de olhos para um novo mundo. Primeiro porque a pressão sanguínea deve ser tão alta que até os olhos ficam esbugalhados. Se noutros treinos com companhia costumo ser o elemento que tem de reduzir o passo, neste sou o gajo que vai na cauda do grupo e que o resto do pessoal tem de esperar... Por outro lado correr com pessoal tão experiente permite ganhar rapidamente alguma técnica, mais não seja para sobreviver aos treinos. São treinos muito duros a acrescentar o facto de serem de noite e, com as chuvas dos últimos tempos, com muita lama.

Nestes meus treinos não voltei a torcer o pé. Hurra! Mas tive várias ameaças. Ao analisar todas as situações há algo comum em todas elas. Ao contrário do que seria de esperar todas aconteceram em zonas relativamente planas, sem dificuldade técnica e os casos mais graves em alturas em que ia na conversa. Tendo em conta os sítios por onde tenho andado a correr é, para mim, algo surpreendente. 

Mas voltando ao título deste post. A minha hipótese para o fenómeno é o condicionamento após alguns anos a correr apenas em estrada. Passo a explicar, quando corro em estrada, principalmente em distâncias mais longas, o corpo parece que já está a correr sozinho, em que quase me abstraio do caminho e o corpo começa a relaxar, tocar o solo suavemente e quase sem ruído. E penso que é aqui que reside o problema. Em estrada, com o terreno liso o relaxar dos músculos do pé ajuda a diminuir tensões e o desgaste muscular, mas em trilhos qualquer irregularidade irá provocar a torção do pé sem a protecção do músculo em tensão

Esta teoria responde às minha observações. Nas zonas mais calmas em que estou apenas a rolar e a recuperar das zonas mais técnicas, entro em piloto automático, diminuo a concentração, relaxo e acontecem os entorses.

Provavelmente tudo o que estou para aqui a dizer não faz sentido, mas pelo sim pelo não agora quando corro em trilhos faço um esforço para atacar o solo com intenção, batendo os pés se necessário, principalmente nas zonas mais "fáceis".

4 comentários:

  1. Correr em estrada é bem diferente de correr em trilhos. Pessoalmente não tenho grande experiência de trilhos, mas este verão em alguns treinos forçei-me a sair da estrada e ir correr em trilhos.

    Se em estrada tenho uma passada suave que quase não se ouve, quando entrei em trilhos a passada mudou, quase subconscientemente, tornando-se mais forte.

    Talvez por isso não tenha tido entorses e parece-me ir ao encontro do que referes, pois os musculos aos estarem mais contraídos penso que estabilizem melhor o pé aquando da sua colocação (nota, opinião pessoal, e atente-se que não sou um especialista).

    Abraço e bons kms,

    Fernando Varela

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    1. Sim, esse foi um dos aspectos que eu comecei a reparar no pessoal mais experiente, as passadas sonoras e curtas mesmo em terreno mais plano.
      Boas corridas.
      Abraço.

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  2. Pois é Dudu, concordo;) até porque a passada é completamente diferente da estrada e do trilho, pelo menos a minha, mais curta, quase diria nervosa.
    Se acontece quando estás mais desconcentrado, desculpa, distraído parece que já tens a confirmação à tua hipótese.
    Mas...há por ai pessoal que cai parado;)

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    1. Felizmente ainda não fui testar as leis da física sobre a atracção dos corpos! :) "Ainda" sendo a palavra chave, embora já tivesse que me agarrar às árvores.
      Boas corridas,
      Abraço.

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