segunda-feira, 24 de junho de 2013

GP Ribeira da Lage - 23 Junho 2013

Este domingo foi dia de mais uma prova do Troféu das Localidade de Oeiras, a 13ª, desta vez na Ribeira da Lage. Depois do "luxo" da prova anterior, nesta voltámos ao padrão das provas do troféu: em estrada, um sobe e desce constante e uma garrafinha de água choca no final.
O ambiente na partida.
Tinha visto no regulamento que seria uma prova pequena, com pouco mais de 6km, mas com algum desnível. Já me queixei aqui por diversas ocasiões sobre o caos e falta de "ética" que são as partidas nestas provas mas a de hoje rescreveu o conceito de caos. Como habitual fui dos primeiros a ir para a zona da partida e coloquei-me exactamente por baixo do pórtico da CMO. Os atletas foram chegando e chegando e como estávamos numa rua estreita em vez de irem formando o pelotão para trás, não, foram formando para a frente. A "linha de partida" (entre aspas para não ofender as linhas) ficou uns bons 20m à frente do pórtico e obviamente fiquei no fim do pelotão. O primeiros metros foram muito confusos e não conseguia correr no ritmo, mas depois de algumas curvas por fora e na subida inicial consegui ganhar espaço e impor o meu ritmo.
A partida ou isso...
Tirando a subida inicial, a primeira metade da prova era sempre a descer e mantive um passo rápido (demasiado) mas queria ganhar o máximo de tempo possível, porque sabia que o km 4 e 5 iam ser dolorosamente a subir. Ao passar o 3km, tive de abrandar e embora não tivesse sido ultrapassado por muitos atletas o grupo onde seguia continuou e eu não consegui acompanhar. Foi aqui que me fui um pouco abaixo psicologicamente. Estas provas são muito duras em termos cardio e implicam sofrimento. Imaginem que estão a treinar séries só que é apenas uma com 6km...
As curvas por fora para as ultrapassagens
Mas no meio dos meus devaneios habituais (género: nunca mais venho a estas provas, porque me levanto a um Domingo para isto, vou andar, vou deitar-me na estrada e esperar pela ambulância...) acaba a subida e a vida volta a sorrir. Retorno ao meu ritmo dos 10km e um atleta de amarelo junta-se a mim e lá vamos no último km. Nos últimos metros o homem decidiu acelerar para me ultrapassar, embora tenha quase a certeza que ele não pertence ao meu escalão e por isso não terá qualquer relevância na classificação fico "sentido" e alargo a passada. Ainda oiço as passadas dele a tentar acompanhar mas nos derradeiros metros abranda e consigo chegar à frente, momento captado em glória pela minha luminosa esposa.
O "publico" ao rubro: Papaaaa! Papaaaa! Papaaaa!
Fiz os 6.3km da prova em 27:07 o que resultou num ritmo médio de 4:19 (com um ganho total de quase 100m) e que rendeu o 24º lugar no escalão. Na próxima semana será a última prova da edição deste ano do troféu em Linda-A-Pastora.
Eu, a "medalha" e as suas sapatilhas mágicas!


PS - Optei por colocar o mapa do Endomondo, estou a ficar farto das constantes falhas do SportsTracker...

6 comentários:

  1. Não gosto muito de provas curtas... São muito dolorosas para o motor da máquina. Foi um grande tempo! Um abraço

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    1. Sim, são realmente difíceis. É preciso alguma resistência psicológica para obrigar o corpo a continuar a fazer algo que decididamente não quer! Um abraço.

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  2. Belo tempo Rui. Parabéns e aquele abraço.

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  3. 6km sempre em modo máximo é dose, sobretudo agora que começa o calor!
    4:19 são os meus sprints de 400 metros! :) Parabéns!

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    1. Obrigado Rute! Pois, acreditamos que conseguimos correr toda a distância ao máximo, depois tentamos convencer o nosso corpo num processo de dolorosa casmurrice! Bjnhs.

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